18.12.15

Um espinho de experiencia
Vale uma vida de avisos
Resumindo a nossa essência
Aos tormentos de arrancar os sisos

As feridas existem
Eu bem que as quero ignorar
Sei que as posso esconder
Mas elas ...
Marcadas na minha cabeça
No meu coração ….
Sei que não é solução
Fazê-las desaparecer,
Pois perderia com elas todo o meu saber

Viver sem esquecer
Consciente da origem,
a opção,
a decisão
Que lá as colocou
É o meu Karma,
O meu destino
O meu caminho
Aprender para viver
Será esse o lema
Ou
Aprender a esquecer
O tema
De quem não quer viver

Ignorar é fácil
Fugir é imbecil
Enfrentar,
uma opção
Lamentar,
Não tem perdão
Smart roadster? Porquê? Há alguma razão para comprar esse carro?
Bem, estas são algumas...

1. Gastaste tanto dinheiro no teu carro como o teu vizinho. Ele conduz um Fiesta/Golf/Clio/Vectra

2. E andas mais km por litro.

3. E mais km por hora!

4. Quando a estrada mais rápida é a rua das traseiras...

5. Conduzes com um sorriso permanente.

6. Aceleras quando vês um sinal de curva perigosa em vez de reduzires a velocidade.

7. Os agricultores estão habituados ao som do teu escape.

8. O carro não passa de segunda nos túneis.

9. Gastas dinheiro em upgrades e modificações como se fosse um jogo de Gran Turismo.

10. Deixar o carro longe da tua vista mais de meia hora é impensável.

11. Guiar para o trabalho é um acontecimento só por si. Combinar ruas secundárias e curvas contra curvas com um bocadinho de luz do sol e parece Natal, TODOS OS DIAS!

12. Nas curvas consegues ultrapassar praticamente tudo.

13. Nas rectas és ultrapassado por praticamente tudo.

14. Quando gastas 30 minutos a fazer donuts e curvas de travão de mão num parque de estacionamento do IKEA vazio e coberto de neve à uma e meia da manhã quando devias era estar na cama.

15. A tua namorada te perguntou já mais que uma vez o que fazias se tivesses que escolher entre o Roadster e ela.

16. Conduzir qualquer outra coisa é uma absoluta piada. A sério...quão imprecisa é a direcção!? Há alguma razão para conduzir tão alto? Porque é que me estou a inclinar tanto numa curva a 70km/h? Há algum problema com o cabo do acelerador?

17. Começas a salivar ao avistares um Noble M12 quando os outros nem sabem que carro é.

18. Tremes quando as pessoas dizem: "Parece potente! Que motor tem?"

19. E ranges os dentes quando dizem que o familiar deles tem mais 80cv.

20. Qual é a velocidade de ponta então? OK, BASTA!

21. Subitamente ganhas a capacidade de ler as condições climatéricas melhor que o Instituto de Meteorologia.

22. Achas perfeitamente normal um carro moderno deixar entrar água.

23. Conheces todas as rotundas da cidade.

24. Rodas a patinar são uma coisa normal.

25. Só nos últimos 5 minutos de viagem te lembras de ligar o rádio.

26. Todas as crianças por onde passas gritam: "Que carro fixe!"

27. A tua mãe grita mesmo que vás a meio gás.

28. Férias já não implicam voos.

29. Tens pesadelos acerca de ter filhos.

30. Ligas para a tua namorada e dizes: "Estou algures numa ponta da cidade".

31. Achas que é perfeitamente razoável ter revisões a cada 10.000km.

32. Andas ansioso pelas revisões porque são oportunidades perfeitas para fazer modificações.

33. Se ouves um som lá fora enquanto estás deitado na cama, vais a correr ver a garagem, em vez de confortar a tua mulher/namorada dizendo que a casa não está a ser assaltada.

34. Subitamente ganhas habilidade de arrumar bagagens e sacos das compras.

35. Nos engarrafamentos deixas de olhar para as pessoas que vão nos outros carros, já que sabes que elas estão a olhar para ti.

36. Passaste a admirar muito mais a paisagem do campo.

37. Pensas que o Roadster está a tornar-se um carro comum.. (quando vês dois na mesma semana).

38. Quando sais de casa sem os sapatos, a carteira, boné e cartas que querias pôr no correio..e apenas voltas para buscar o boné.

39. Quando a tua vida social esta dividida 50/50 entre conduzir o carro e falar sobre conduzir o carro.

40. No bar a conversa vai invariavelmente dar ao teu carro..mesmo que não sejas tu a falar nisso.

41. Achas que o Mini é um carro prático.

42. Aprendeste a ignorar ruidos e barulhinhos.

43. Os assistentes do Parque de estacionamento comentam: Belo Lotus!

44. Auto-estrada é uma palavra proibída.

45. Tal como Gelo, Chuva e Rectas.

46. Marcas de pneus em todas as rotundas num raio de 10km.

47. Em cada intervalo para o lanche vais confirmar se o carro está bem.

48. Sinceramente não percebes qual poderá ser o teu próximo carro dentro do mesmo escalão de preços.

49. Achas que é categoricamente, inquestionavelmente, indubitavelmente, 100% e definitivamente a melhor compra que alguma vez fizeste.


este texto é mesmo espectacular..

1.7.10

O meu futuro. O meu Ego. Aos 17.

Um texto sobre mim.

E o meu futuro. O meu ego.
Os meus caprichos.
A vida faustosa que me espera.
Ascensão e queda. Como me tornei famoso.
E como a escrita à la MEC, me trouxe a
fortuna e glória. Presunção. Água-benta. Stop.



No início de tudo era o Verbo. Depois a Verbo. Publiquei por essa editora um romance intitulado “Eu e os cães que tenho”. Rapidamente começou a bajulação. Deixei de ter de sorrir para os profs do Liceu e para as meninas das fotocópias para, por amor de Deus, me tirarem cópias dos apontamentos em escala mínima e resolução máxima
Deixei em suma, de ter de agradar. Deixei esse trabalho para os meus colegas de quem eu não me esqueço (sim, ainda hoje vou ao McDonald`s).
No livro. Escrevi assim. Curto. Pequenino. A minha mãe sempre me disse. Que. Quem muito fala. Pouco acerta.
Fiquei famoso. Dei uma entrevista ao Carlos Pinto Coelho em que falei numa África que não conheço: a Margarida Marante chamou-me “fenómeno geracional”. O Emídio Rangel convidou-me para apresentar “Cultura em Movimento”. O Júlio Isidro quis-me para o prefácio das “Aventuras do Tio Julião”. A Anabela Mota Ribeiro piscou-me os olhos. O Abrunhosa pediu-me uma Letra. A Mafalda Veiga uma música. O Nobel parabenizou-me.
A minha mãe passou a achar-me bonito.
O mundo tinha outra cor. Comecei a faltar às aulas porque tinha entrevistas para dar. Falei de mim, o outro Ribatejano. E, como até mesmo os maus poetas, conseguem por vezes versos geniais.
Eu disse que. Eu acho. Eu sei. Eu soube. Eu contei. Eu fiz. Eu ando. Eu sou…!
Mas ainda era muito novo. Apenas um livro. Um título. Nenhum prémio. Daí que comecei a ir a fêstas do Social. Onde estava o mundo. Beijei imênsas faces uma única vez. Fui convidado para festas de amigos que não conhecia. Osculei velhas de 50kgs mais 10kgs de jóias. Fui a lançamentos de livros, a festas de caridade, ao baptizado do 11º filho de D. Duarte e ainda fui Dj na Kapital, na festa de anos da Catarina Furtado.
Engraxei escritores, ministros, apresentadores de televisão, comentadores, analistas, produtores, e até um técnico de arrumação automóvel que confundi com Jorge Palma.
Disse que era pela Paz, que Diogo Infante era o melhor actor Português. Entrei numa Telenovela em interpretei um ilustre técnico de Cívil que escreve um livro e fica famoso. Falei das minhas namoradas, dos carros que queria ter, mostrei o interior da minha casa com a mesa da sala cheia de Novas Gentes e, deixei-me inclusivamente fotografar com o bebé de uma das minhas empregadas ao colo.
Disse ainda que lia Pedro Paixão, que Miguel Esteves Cardoso é o maior, que Miguel Sousa Tavares é um “tipo com piada”, que o Fado faz parte de nós, e que o ministro da cultura não presta mas Manoel de Oliveira, é genial.
No entretanto, escrevi o meu 2º Romance: “Ó Nina, sei lá!”, com o prefácio de Miguel Ângelo.
Lancei-o na mãe d`Água, atirando alguns exemplares para o Largo do Rato, tentando fazer uma piada política. Carlos Carmo riu imenso. Lembro-me que estava Himalaias de bem vestido nesse dia. Tinha imitado uma fotografia de José Luis Judas na baía de Cascais. Ninguém me podia deter! Nessa noite, dei uma entrevista no Jornal da Noite e disse que, não me considero superior a mim mesmo. Convidei para a festa dessa noite, todos os amigos de longa data e no final, discursei a importância que tiveram no meu percurso, Ah! E convidei também a rapariga que conhecera na noite anterior na Kapital. Apaixonara-me imediatamente. Aquelas argolas nas orelhas por onde até tigres passariam, aquela t-shirt a dizer Kookay. Um traseiro que não fazia jus à t-shirt, a maneira lânguida como segurava no copo de Pisang Ambon e me dizia: “Não sabia que se cantava nos Lusíadas”.
Casei. E gostei tanto de casar que casei mais 5 vezes.
Ganhei um prémio atribuído pela Federação Nacional de estudantes de Civil para honrar o romance de um ex-aluno. E disse que, às vezes, sentia o génio dentro de mim.
Hoje fumo cachimbo. E escrevo. Ainda. Tenho um programa no Canal Vivir que vai para o ar antes dos filmes pornográficos e que se chama: ”Grandes obras deste Século”. A Rita Ferro é a minha partenaire e os convidados são pessoas de outras eras. João Pinto, Luís de Matos, Alexandra Lencastre, João Baião, Margarida Rebelo Pinto,… Falamos do passado e dos projectos para o futuro. No fim, cantamos velhas canções dos Silence 4.
Jogo bridje. Golf. Tomo café na Mexicana. Tenho uma coluna na Caras e uma hérnia discal. E um Ferrari com 20 anos. Já não me dói o nariz da plástica recém feita. Não publiquei mais nenhum livro. Sou feliz.

Este texto ficou mesmo giro...Saudades dos tempos de liceu!!

30.3.10

::.::..:Palavras.::.:.::.:

Articuladas servem para criar frases, expressar pensamentos, idéias, expressões, sentimentos,...! Porém podem servir, quando levadas à letra, para enaltecer, apoiar ou mesmo para ferir alguém, dependendo do sentido e de onde (cirurgicamente) pretendemos magoar. Sentido esse, que ao longo dos tempos por variadas razões me vi obrigado a descodificar e a decifrar as mesmas mensagens e palavras por outros sentidos. Torna-se simples quando todos os dias as usamos como por exemplo a nível profissional nos dão um trabalho ou função e com a qual não estamos inteiramente de acordo. Podemos responder: "Boa! Adoro desafios...!!!" para não dizer diante dos nossos superiores uma asneira e a nossa verdadeira opinião, não esquecendo do desastre que será (ou não! ;)). O mesmo acontece na vida e outras palavras são usadas e decifradas, apenas pelo modo como o emissor as envia e o receptor as capta, consoante a situação e o estado de espírito de cada um. Acreditem, cada palavra tem sempre um segundo sentido! Por mais que uma pessoa seja tolerante, responsável, esperta,  trabalhadora, séria e todos os adjectivos bons a rodeie, isso parece não bastar e parece transtornar a alma de outras (mesmo quando nos são próximas). É verdade que não se pode agradar a Gregos e a Troianos mas "para a frente é o caminho, atrás outros virão!" Não sou um animal e sei que (felizmente) não passo de bestial a besta! Resta um reflectir atento. Contudo não "cego", como me prometi a mim mesmo há um ano atrás, vou continuar a ser um espectador atento da vida que me rodeia directa e indirectamente. Ás vezes uma pessoa está menos atenta aos sinais quando está cansada e está sem cabeça para se dar ao trabalho e ignorar o que se passa ásua volta. O ser humano tem necessidade de possuir formação e informação. Nunca são demais. Mesmo que não a procure, ela virá, nem sempre pelos mesmos meios legais ou ilicitos mas ser humano que se preze, buscará informação nas palavras que lhe forem dirigidas/administradas.
Resta agora saber quais os sentidos que se poderão extrair das mesmas. No Passado, aprendi. Reflecti. Lutei. Esforcei-me. Brilhei. Refleti mais um bocadinho. Li. Adquiri saberes e conhecimentos. Hoje Sou. O que Sou. Não é sorte. É mérito próprio. Reconhecimento. Ainda sou novo, p`amor de Deus..Presunção. Água Benta. STOP. São as palavras que nos fazem, nos ligam, nos rodeiam. Claro que com meia dúzia de palavras bonitas e uns copos administrados pontualmente chegam para dar como adquirido alguém facilmente impressionável. Fujo dessas pessoas sem carácter ou personalidade. É um dos meus "requisitos mínimos" na escolha de relações de amizade ou até mesmo as relações profissionais (como a escolha dos colegas de escritório com quem nos identifiquemos). Atenção que colegas não estão inseridos nos grupos de amigos ou nos conhecidos. Cheguei até aqui. Não sem muito trabalho e reconhecimento por trás, mas se aqui estou é porque mereço. As palavras que escolhemos ditam-nos. As experiências de vida vividas também. O que até é bom, pois por meias palavras, facimente tiramos o raio X, ao que nos foi transmitido e o "filme" que fazemos, não é muito distorcido de uma possível realidade.

26.3.10

Belas!

Passo a citar um poema até então desconhecido por mim, o qual me foi contado por um amigo ao saber que o meu escritório situa-se em Belas!

Cá vai...

"Fui a Belas,
Para ver delas,
Mas em Belas,
belas não vi,
Porque a mais bela de Belas,
Eras ti."

=D

1.3.10

6:00AM LIFE!!!

O repentino acordar de uma noite mal dormida para mais uma semana de trabalho...
A ambição que nos move é impressionante, sobretudo se pensarmos como chegámos até aqui.
A viagem é dura, feita de lutas, batalhas, esforço e dedicação. Só assim conseguimos ter alento para tudo o que fazemos. Dói lembrarmo-nos que já mais uma semana passou nas nossas vidas e que o fim de semana acabou, e mais uma vez não se fez nada do que se queria fazer. Poderia continuar com os paradigmas mas páro.
A vida é assim mesmo e não vale a pena pensarmos o contrário. Quem é que queremos nós
enganar? Claro que seria mais fácil desistirmos e baixar os braços. Isso acontece a muita gente. Gente que desiste de lutar na vida. Gente que perde a ambição de um futuro e/ou de ver os seus sonhos concretizados. Não os censuro. Respeito. É a sua opção. Às vezes é tentador, quando estamos cansados e deixamos de ter paciência. Sobretudo quando passamos o dia fora da empresa a trabalhar, e por fim chegamos e levamos com comentários menos amistosos com a estúpida ironia própria dos mesmos e aí...Rio-me forçado. Mas rio-me! Porque a vida é para ser vivida a sorrir. Mesmo que custe. Assim, tornaste forte! e porque... Só assim ela te sorri!

9.10.09

Ter nível...

Ter nível é saber manter o equilíbrio.
É ter capacidade para construir grandes envolvimentos, para derrubar barreiras e ultrapassar desafios.
Ter nível é agarrar com o mesmo vigor e delicadeza complexa de um projecto e o peso arrasador de um martelo.
Ter nível é sonhar com a arquitectura, confiar na arquitectura e entregar à força dos homens a certeza do progresso.